quarta-feira, 23 de maio de 2007

A vida é um CD-ROM - Seja a Revolução que espera ver no mundo.

- Quando agirá de acordo com o que já aprendeu?

- Não foi por má intenção, Mestre. É que ainda não entendi a metáfora. Sei que não há contradição entre tecnologia e progresso espiritual. Carbono e silício convergem para um único ponto: sua relação com o Universo. Porém, o que quer dizer “A vida é um CD- ROM?”

- É engraçado: você explora magistralmente teorias complexas, e não compreende a simplicidade e magnitude da vida!

Naquele dia o Mestre me explicou o que há milênios no Oriente se sabe: a “Tecnologia do Universo”. Ganhar, perder ou empatar está em nossas mãos. Não há um “Grande Irmão” controlando nossas vidas.

- Quando jogamos videogame o computador reage a cada movimento que fazemos com o mouse, porque cada movimento já foi colocado no disco. A vida é como esse CD-ROM. Todos os finais possíveis já existem, ou seja, aquilo que se experimenta depende das escolhas que se faz.

- Então, quando a vida nos diz “GAME OVER” – um enfático “não” – sempre é possível recomeçar o jogo e escolher uma nova versão para o final?

- Sim. Por exemplo, existem pessoas que escolheram a versão de que o mundo definhará até a morte devido aos gases poluentes. Outras escolheram preservar o que ainda não foi destruído. Alguns grupos escolhem dedicar-se a pessoas doentes, outros a emitir energias positivas para a Terra...

- Me sinto mal, Mestre. Tenho a sensação de que ainda não escolhi nenhuma versão.

- Você escolheu a versão em que faz as perguntas e o Universo responde. Mas, lembre-se: o importante é trabalhar juntos seus pensamentos, palavras e ações. Seja a Revolução que espera ver no mundo. Concentre-se nisso e será isso que obterá.

sábado, 19 de maio de 2007

Bebo Crystal e escuto Metal!

Nesta postagem nosso objeto de análise será o “heavy metal” (para desespero do Francisco Prado, 5ª Etapa).

Vou começar analisando uma das “pérolas” que os leitores escrevem para revistas como a Rock Brigade. Vejamos:
“gostaria de deixar bem claro que sou totalmente contra garotas no meio underground.todas são
falsas, posers e não entendem nada do verdadeiro som, o heavy metal. Em vez de escutar o som da
banda, ficam pensando no tamanho da pica dos integrantes. Garotas só servem para chupar nossas
rolas e fazer missin miojo” (H.W.C.F, Poços de Caldas/MG, Rock Brigade nº 161 Dezembro/99, pg
47)

Isto é o que eu chamaria de rótulo. Certos headbangers rotulam todas mulheres de “groupies”(garotas que iam aos shows só para transar com os roqueiros). É deprimente que ainda existam homens que pensam assim. Infelizmente, é possível encontrar, neste meio, inúmeras frases machistas como esta.

Bem, gostaria de deixar claro que vou aos shows para curtir o som e rever amigos e não para caçar cabeludos. Embora nada me impeça de me interessar por algum e vice e versa.

Para este tipo de metaleiro pior do que ser mulher é ser mulher e gostar de estilos como progmetal e metal melódico (os meus preferidos). Por serem muito introspectivos, estes estilos são vistos por eles como (desculpem o termo) música para “cuzões”.

Porém, não vou me deter aos preconceitos existentes neste meio. O preconceito está em todo lugar e com a música não é diferente.

Vou ressaltar aqui as partes mais curiosas desta manifestação cultural tão interessante que é o heavy metal. Vamos lá:

A estética do headbanger é um texto a ser lido. Por exemplo, quanto maior os cabelos, maior é o tempo de lealdade ao movimento.

Jaquetas de couro, camisas pretas carregam o emblema das bandas favoritas. As mais valorizadas são as camisetas vendidas nas turnês. Isso porque são uma prova de que o cara esteve lá e curtiu a banda ao vivo.

O cabelo longo também serve para acompanhar o ritmo (para frente, para trás e movimentos circulares com a cabeça).
A expressão facial é um misto de prazer e raiva.

Toda vez que curto um som me sinto no Paleolítico. Período em que os homens desenhavam na parede das cavernas os bisões que teriam de enfrentar. Numa mistura de magia e religiosidade, dançavam com o intuito de tomar coragem para sair à caça ao bisão.
Para mim, curtir metal é isso! Uma mistura de magia e religiosidade.
Um ritual que serve como um escape da rotina estressante desta eterna caça ao vil metal (aqui no sentido de grana mesmo).

A figura do headbanger é similar à figura do bárbaro (aquele que veio destruir a civilização). Para reproduzir esta “destruição da civilização pela força” é preciso produzir um som cada vez mais pesado, distorcido, guitarras superpotentes, solos longuíssimos.

Ao contrário dos punks, que enfatizam a simplicidade no tocar, o metal valoriza a habilidade e o virtuosismo (Adoro o prog por isso!!!).
Sou fã-testemunha da rotina intensa de estudos, um esforço matemático do “Mindstorm”(banda de progmetal daqui do Guarujá) em fazer um som com qualidade técnica.

Dream Theater, Symphony X, Circus Maximus são exemplos do estilo progmetal e tiveram suas influências em bandas mais antigas como: Rush, Genesis, Uriah Heep, Led, Pink Floyd...
Para dar um exemplo mais recente de um bom trabalho de progmetal indico a música “Glory of the Empire”(da banda norueguesa Circus Maximus).

Na minha opinião, ela é um poema, uma sinfonia, uma peça teatral. Em seus 10 minutos e 27 segundos relata o apogeu e declínio do Império Romano, denunciando a escravidão dos reféns da legião romana. Tudo numa sincronia perfeita entre letra e som conforme a intensidade do drama.

Quer viajar? Ouça.

Ah! A foto acima foi o pessoal do Mindstorm que tirou. Disseram que era raridade me ver bebendo, precisavam registrar! rs...

Uma alusão à "Mito da Caverna"

Uma alusão à "Mito da Caverna"