Um que trabalha por meios honestos, na superfície. E um outro funcionando como dutos de corrupção, com ratos infiltrados em inúmeras instituições, agindo no submundo como fortes organizações que juntas roubam, corrompem.
Bem, pode ser útil perguntar: “afinal, para quê servem as crises?”
As crises podem ser didáticas. Renan Calheiros, por exemplo. Sua vaidade patológica e a insistência inútil em continuar no Senado após todos os absurdos relembraram-nos, como numa revisão de aula, o quanto é forte o poder das oligarquias.
Inácio Arruda (PC do B) afirmou “todos são ladrões no Senado, com poucas exceções”.
Ora, ora, será Inácio uma delas? Assim, Inácio foi como a professora que sem paciência esfrega a cara do aluno no caderno de lições como se dissesse: Veja como são todos os políticos, mesmo nas piores crises não perdem a oportunidade de se promoverem.
Quando se cogitou culparem os controladores aéreos pela morte de mais de 150 pessoas no ano passado, aprendemos como é típica do Brasil a paranóia de se procurar um culpado a qualquer preço.
Depois de ter optado por um plano sugerido pela Telefônica como mais econômico, abri ontem a última conta, e depois do susto pude aprender como as grandes corporações mentem para aumentarem seus lucros. Assim como mentiu o governo quando prometeu baixar o preço do pãozinho a partir da pesagem.
Telefone e pãozinho não estão deixando sobrar nem para o passe escolar! (Atenção Translitoral: mais uma ameaçando abandonar a sustentação do monopólio.)
A verdade aprendida e sentida na pele está clara: sim, eles mentem, e pior, querem que você acredite que foi e será sempre assim, desta forma você facilita as coisas para eles.
Eles soltam brados demagógicos de que a economia está crescendo, mas sabem que ao final você se sentirá duro, deprimido e cansado de tanta roubalheira e dirá: é...o Brasil não tem jeito mesmo.