No desenho, a garota está vestida (parte de cima da roupa) com vinil. Material sintético, extremamente brilhante, o vinil preto, além de estar associado ao erotismo, é também peça muito comum nos filmes de ficção científica. Ele sintetiza o pós-modernismo.
A saia que compõe seu vestido é tão volumosa quanto àquelas usadas pelas mulheres da Idade Média ou Idade das Trevas (como preferia Da Vinci). Ah, o chapéu é bizarro! Uma mistura gótica com rococó.
É claro que ninguém se veste assim. A imagem é uma paródia do nosso presente, uma mistura de ideais românticos e humanísticos e cibercultura. E vai muito além desta simples análise estética.
A postura da cyberpunk é de desprezo. O que ela despreza é a dominação pelo Windows e a vigilância eletrônica e não, o ciberespaço. Ela não é anti-tecnológica, mas é romântica, pois deseja o software livre para todos - talvez nunca consiga.
Se por um lado seus ideais são românticos, por outro, seu espírito é transgressor. Os cyberpunks não são teóricos, têm no hacking sua atitude principal. Estão em busca da apropriação social da tecnologia, sem utopias.
Ela encara diretamente quem a olha. Seu olhar desafiador diz: "ALô, TV Globo, com a rede nós ganhamos a alforria!"
Hum...será que tem alguma cyberpunk aí? Ou um cyberpunk?
domingo, 1 de abril de 2007
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2 comentários:
PaíSuburbio Muito bom esse nome ...
Séra que a relidade virtual ou é a realidade da vida real?
Coisas essas que estão ai.
Muito bom amiga, gostei da comparação
dos desenhos com nossa realidade.
Que bom seria se todos pudessem compartilhar desses momentos, assim não teriamos a inclusão digital, que é um dado agravante na nossa sociedade
Beijinhos com carinho.
Adorei a iniciativa! Curto muito o romantismo, foi um período altamente transgressor. E falando em romantismo, aquele seu velho me lembrou Blake. Essa sua fusão de tecnologia da informação com os ideais românticos é de pirar! Precisamos explorar isso. Continue, poste mais esses desenhos que são ótimos. Beijos.
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